domingo, 29 de novembro de 2009

A dor que sinto (poesia para outra vida)

A dor que sinto
Não é dor física
Que se cura com remédio, paciência e tempo.

A dor é de vazio,
De não mais a ter.

É dor de ter perdido o trem estando na estação
De não se ter mais remédio.

É dor daquelas de se arrancar pedaço
Estando todo inteiro
E não se saber o que fazer.
Não se ter para onde ir,
Onde ficar,
Como sumir ou se esconder.

A dor que sinto,
É dor de amor!
Do abandono irreparável
Do desencontro inconciliável
Da chamada que não foi atendida e que não poderá mais ser retornada.

A dor é de não te ter mais,
Sem seus conselhos,
Seus remédios,
Teus carinhos,
Cuidados
De mãe.
Minha Mãe Ana Laura.

A dor é da perda,
Da angústia impregnada na alma gemendo de dor.

Vai minha velha,
Vai com Sultão pelas matas,
Programaste tudo mas não me falaste.
Foi rio desaguando caudalosamente,
Estrada imensa
Com este embalo desmesurado chamado Ogum.

Segue minha mãe para o Orum,
E que minhas lágrimas,
Sejam as águas a lavar o caminho,
Como lavou minhas feridas,
E limpou mina alma.



Cada ebó ensinado,
As cadeiras,
Os amores,
Cada pedaço de nome que aprendi contigo.
Deste Axé que tive medo e calmamente foi me ensinando a decifrá-lo.

Mina Iyá.
Mina Mãe,
Minha Ebomy,
Zeladora da minha frágil saúde e acolhedora das minhas dores.

Sempre acreditei que a teria ali,
Naquele cantinho do Axé,
No seu quarto humilde,
Para mais um conselho,
Mais uma palavra,
Mais um pedaço.

Hoje fui catar as moedas,
Fui cantar para Yansã,
Fui encaminhar-te para Olorum.

Como sempre na frente,
Silenciosa por cuidar de nós.
Tranqüila em cada dor,
A preparar o pade da nossa Caminhada.
A pomba branca na mão.
Na capa do jornal
Pedindo por nós, abrindo os caminhos.
Ogunhe!

Daqui a pouco tem a festa de Sultão das Matas,
De Nana,
De Oyá,
De Ogum,
De Oxumare!

Como sempre a dulcíssima fez,
Foi dormir e já partiu na frente.
Na calada da noite.
Com a certeza da justiça.
O verdadeiro sono dos justos.

Na ansiedade de ir logo para a festa nas matas,
Sonhou de ir ficando por lá.
E nós, sem entender o plano ficamos aqui.




Organizando o domingo.
A festa.
A apoteose de Sultão das Matas

Daqui a pouco,
No dia marcado,
O aiye encharcado de lágrimas,
E o Orum coberto de alegrias e sonhos!

Olorum sábio,
Imenso pai,
De braços abertos a te receber.

Eu,

Sozinho,

Esvaziado

Vou ficar por aqui,
E amanha bem cedo,
Vou para as matas.

O seu verdadeiro
E cotidiano lar.

Te amo!

Marcos Rezende
Ogan de Ewá do Ile Axé Oxumare

Teu filho amado
Se sentindo incapaz
E sem competência para entender o chamado.

sábado, 28 de novembro de 2009

Hoje é um dia de tristeza para família Oxumaré...


É com pesar que o Ilê Axé Oxumarê informa o falecimento da minha amiga Egbomi Ana Laura, também Ialorixá do terreiro Ilé Axé Araká Togun. O enterro será amanhã, , 29, às 10h no no Bosque da Paz, Estrada Velha do Aeroporto.

Eu, Babá PC e a família Oxumaré temos a certeza que essa mãe e amiga descansa tranquilamente nos braços de Olorum; no mais além da eterna saudade, minha amiga fica também a certeza do dever cumprido.

Iku ô, iku ô! Lai sun bere!
Descansa o sono profundo.

Babalorixá Pece de Oxumarê

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mensagem de Agradecimento e Carinho para os Terreiros que abriram suas portas para 1a Caminhada Nacional do Povo de Santo



Lutar pela vida e pelo respeito ao sentimento e liberdade religiosa exige ações voltadas para a construção de parcerias estratégicas que permitam superar o quadro da intolerância racial e religiosa que nos aflige. Nesta parceria, que representa a unidade do povo das religiões de matrizes africanas, cada um, é parte integrante e essencial na construção de um Estado livre da intolerância religiosa. Luta que temos travado a cada caminhada para fazer ouvir a nossa voz e reclamar a efetiva formulação e execução de políticas públicas adequadas à nossa realidade e que respeitem as nossa diferenças religiosas e étnico-raciais.

Nesta luta e nesta caminhada pela vida e liberdade religiosa, ao longo dos anos, temos tido a oportunidade de conviver com pessoas de corações grandiosos, dentre as quais, destacamos as pessoas dessa casa*, que não se furtam e não se furtaram, em momento algum, a abraçar esta causa que é do povo das religiões de matrizes africanas.

Sabemos que nada é perfeito. Como seres humanos somos conscientes de que imprevistos, erros e acertos fazem parte do caminho e do aprendizado de tantos quantos buscam construir um mundo melhor. A superação dos imprevistos, dos erros ou equívocos e a valorização dos acertos aliados à necessária dose de humilidade têm sido os ingredientes essenciais para consolidação da aliança democrática e participativa que, juntos, estamos construindo pela vida e liberdade religiosa.

Contudo, a tarefa não tem sido fácil para nenhum de nós em virtude dos desafios que se apresentam para a consolidação da unidade da luta do nosso povo. Desafios que, juntos, estamos vencendo, segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora, dia a dia, com o inestimável e imprescindível apoio, consideração, compreensão, tolerância e respeito de todos e todas. O valor e a grandeza dessa nossa união de esforços permitiu - dentro da reserva do possível e das limitações de cada qual- a realização, com êxito, da 1ª Caminhada Nacional e 5ª Caminhada Estadual pela vida e liberdade religiosa.

Neste sentido, pedimos a todos, nossos irmãos e parceiros, desculpas por quaisquer erros e/ou equívocos acaso cometidos, que, asseguramos, não foram intencionais, ao tempo que agradecemos o apoio e participação deste terreiro nesse processo de construção, que,com carinho e esforços nos acolheu e às diversas delegações dos Estados e foram fundamentais para o sucesso da nossa Primeira Caminhada Nacional pela Vida e Liberdade Religiosa.

Pelo sucesso das ações que empreendemos juntos e das sementes semeadas agradecemos, em primeiro lugar aos Orixás, Voduns e Inquices que nos escolheu e permitiu que estivéssemos à "frente" da Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa durante cinco anos.

A todos os terreiros desta nossa Cidade do Salvador e deste nosso país que, conosco, uma vez mais, construíram a Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa, agradecemos pela colaboração e empenho e por todos pedimos que nossos Orixás, Voduns, Inquices e Encantados estejam sempre conosco.


Marcos Rezende.
Coordenador do Coletivo de Entidades Negras
pela Comissão Organizadora da 5a Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa - 1a Nacional


* Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Ilê Ascé Ode Ominiselê
Responsável: Pai Luis de Logum

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Ilê Axé Ogunjá Tilauaiê Orubaiá
Responsável: Pai Balbino Cabral

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Ilê Axé Ajucum Denoi
Responsável: José Lomanto Silva

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Ilê Axé Ocutainã
Responsável: Dulce Maria dos Santos

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Ilê Axé Iba Lugan
Responsável: Jacira de Santana

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Terreiro Unzo Maiamba de Izambi
Responsável: José Rafael dos Santos

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Terreiro Kidanadana
Responsável: Roque Pereira

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Terreiro Santa Bárbara
Responsável: Valdemir Melo

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Ilê Axé Yatoni
Responsável: Lila de Oxum

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Ilê Axé Ominorin Massun
Responsável: Bel de Oxum

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Ilê Axé Oxumarê
Responsável: Baba PC

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Ilê Axé Nagajia
Responsável: Yá Adelaide

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Ilê Axé Osum
Responsável: Maria das Graças Guimarães

Nome do Ilê / Terreiro /Unzó: Ilê Axé Jiboli
Responsável: Edvaldo Alves

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Povo de Santo pede a paz e respeito!

clique na imagem para ampliar


Representantes de religiões de matriz africana tomaram ontem as ruas do Engenho Velho da Federação, Vasco da Gama e Dique do Tororó para promoverem a 5ª Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa, causando longo engarrafamento. Vestidas de branco, milhares de pessoas protestaram contra a discriminação e pediram paz e respeito às práticas do candomblé. Fogos de artifício, trio elétrico e um ato de paz com show no Dique fizeram parte do evento. Nem o sol quente desanimou os participantes da caminhada que lançaram um slogan para os incubados : “Quem é de axé diz que é”. Não era dia de santo, mas o domingo para muitas pessoas foi de manifestação e valorização aos ritos que evocam os orixás. Com contas no pescoço, torço na cabeça e saia rodada, a Ialorixá Cleonice, mais conhecida como mãe Dó, do terreiro Raiz de Oxumaré, se aprontou cedo para participar do ato em favor da tolerância religiosa.
“É um ato bonito de confraternização, mas principalmente de demonstração da nossa força e de que devemos nos unir ainda mais. Não podemos nos curvar às críticas, pois somos livres pela fé em Deus a quem veneramos e nos orixás, que são energias. Todos somos iguais e tudo isso foi deixado por Deus, portanto deve haver respeito”, disse.
Crianças e jovens do projeto social realizado pelo terreiro de mãe Dó também participaram do evento. Sessenta jovens integram o projeto que dá aulas de dança, capoeira, percussão, informática e reforço escolar.
Presente na caminhada o secretário de Reparação Racial do Município, Ailton Ferreira, disse que o ato era mais uma iniciativa importante dentro do novembro negro. “Temos aqui representantes de 20 estados brasileiros e do interior da Bahia. Trata-se de um ato pela vida e contra o preconceito religioso”. De cima do trio, representantes do candomblé combateram com palavras e cânticos o assédio e a provocação de outras religiões que mitificaram a crença nos orixás, como um culto ao diabo. “Chega de tanto desrespeito, de tanto desamor. O desrespeito a religião é um crime contra a vida e está na Constituição Federal”, dizia um pai de santo.
intolerância - Vítima da intolerância religiosa, já que precisou sair da comunidade de Valéria para não sofrer mais perseguições, Evandro de Logun, de um terreiro em São Gonçalo do Retiro chamou a atenção para a necessidade das pessoas viverem em paz sem desrespeitar o espaço e as manifestações alheias. “Eles me provocavam dizendo que serviam a Jesus e eu servia ao diabo. No entanto sirvo ao mesmo Jesus deles. A diferença é que nós também cremos nos orixás. Quando eles passam com a Bíblia debaixo do braço não fazemos nenhuma crítica, por isso pedimos que quando nós passarmos com nossas contas eles também nos respeitem”, reivindicou.
Depois de ter sido católica praticante durante 50 anos, a paulista Ivete Gomes disse que é no terreiro que hoje encontra forças. “Todas as religiões são boas, mas cada um deve escolher a sua e respeitar a do outro”, exaltou.
A manifestação também trouxe pessoas de fora do Estado, a exemplo de um grupo de 60 pessoas que vieram do Rio de Janeiro somente para o evento. “Temos que lutar para vencermos o preconceito”, resumiu o pai de santo Washington de Xangô.
O carioca Torres de Ogum, frequentador há 35 anos de um terreiro no Rio também ressaltou a importância de prestar esclarecimentos sobre as religiões africanas. “Infelizmente esse preconceito existe por serem essas religiões de origem negra sem as oportunidades de educação das outras raças. Alguns dizem que cultuamos o diabo, mas o que existe é Deus e os orixás”, enfatizou, lembrando o uso da cor branca como uma manifestação natural pela paz.

Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=30745

sábado, 21 de novembro de 2009

Lançado Fórum Nacional das Religiões de Matriz Africana em Salvador


Um corpo só para todos. Com essa frase de Oxossi, foi iniciado no final da manhã de hoje (21), um seminário com representações religiosas de diversos estados, como Maranhão, Rio de Janeiro e Pernambuco, para marcar o início dos trabalhos do Fórum Nacional das Religiões de Matriz Africana. Com uma bela vista para a Baía de Todos os Santos, o evento acontece no pátio externo do Memorial das Baianas, na Praça da Sé e integra as atividades da 5ª Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa.
Para a secretária estadual da Promoção da Igualdade, Luiza Bairros, a criação da nova entidade, que vai congregar grupos de todo o país, é uma sedimentação de um processo de busca por respeito e contra a intolerância religiosa para com as religiões de matriz africana. “Essas religiões são atores políticos mais novos, então a criação do Fórum é um passo importante no fortalecimento do combate ao racismo e à intolerância religiosa”, afirmou a secretária.

Apesar de o evento ser uma iniciativa das entidades religiosas afro-brasileiras, adeptos de outras crenças também participaram do evento, como Limiro Besnosik, representando a Federação Espírita da Bahia. De acordo com coordenador geral do Coletivo de Entidades Negras, Marcos Rezende, o que motiva a mobilização é “o combate à intolerância religiosa, queremos o respeito a todas as manifestações religiosas”, disse Rezende.


Nova Entidade
O Fórum Nacional das Religiões de Matriz Africana, com o apoio do governo federal, poderá vir a ter papel similar ao desempenhado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para os católicos. A intenção é de que a nova entidade tenha sede em Brasília e que entre suas atribuições, esteja a definição do escopo doutrinário das religiões afro-brasileiras.
Amanhã (22) a programação continua com a 1ª Caminhada Nacional do Povo de Santo. A concentração será no final de linha do Engenho Velho da Federação, próximo ao busto de Mãe Runhô.

Fernanda Miranda
Via Press Comunicação

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Salvador realiza a 1ª Lavagem do Zumbi dos Palmares


Ocorreu hoje, 20/11, em Salvador, a 1ª Lavagem do Zumbi dos Palmares, localizada na Praça da Sé, Centro Histórico. O ato foi promovido pela, Unegro, Olodum, Male de Balê, Muzenza, Grupo de União e Consciência Negra, Associação de Baianas de Acarajé e Mingau da Bahia e organizadores da 5ª Caminhada pela liberdade Religiosa. O evento reuniu centenas de pessoas, além de grupos de capoeira, percussão e dança que se apresentaram em volta da estátua do Zumbi dos Palmares, durante e após a lavagem. O ato faz parte das comemorações do dia da Consciência Negra e tem o intuito de reforçar a importância do líder Zumbi.



Crédito das fotos: Gether Ferreira


Fernanda Miranda
Via Press Comunicação

Feriado no Dia da Consciência Negra divide opiniões


Na data em que a população comemora a saga de Zumbi dos Palmares, símbolo da luta dos negros brasileiros, o 20 de novembro será de intensas atividades. A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem gerando especulação em torno da possibilidade do anúncio da data como feriado nacional. Nas repartições municipais, foi decretado ponto facultativo.
Salvador faz parte dos 5.126 municípios brasileiros que não adotaram o feriado, segundo levantamento da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). No Brasil, 436 cidades têm o 20 de novembro como feriado municipal. No movimento negro baiano, a possibilidade do novo feriado nacional divide opiniões.
Para Gilberto Leal, da Coordenação Nacional de Entidades Negras na Bahia (Conen), que realiza há 30 anos a Marcha Zumbi dos Palmares, é necessário entender que o dia não seja apenas para lazer. “Sendo ou não feriado, o 20 de novembro é uma data cívica, que deve ser comemorada por todos, negros e brancos. Requer um momento de reflexão do nosso papel na construção de uma sociedade democrática”, destaca.
Neste ano, a marcha, que sai às 14 horas do Campo Grande, tem como uma das bandeiras o combate à morte de jovens negros. No final do percurso, na Praça Castro Alves, a Câmara Municipal de Salvador concederá a Medalha Zumbi dos Palmares ao presidente Lula, proposta pela Conen e aprovada em unanimidade pelos vereadores.
A outorga será concedida durante o ato público, na Praça Castro Alves, local onde Lula assinará 30 decretos de titulação das comunidades de quilombos de 13 estados e lançará o Selo Quilombola, marca que será atribuída aos produtos artesanais criados pelas comunidades do País.
Lula também vai assinar o contrato da segunda fase do A Cor da Cultura, programa de valorização da cultura afro-brasileira, veiculado no Canal Futura. O encerramento da solenidade é às 20h, com show de Margareth Menezes.
Outra importante ação que acontece há nove anos é a Caminhada da Liberdade, com saída às 15h do Curuzu. Organizada pelo Fórum de Entidades Negras, o tema deste ano é “Basta de violência, repara já” e reunirá cerca de 50 mil pessoas para protestar contra a violência urbana que tem atingido os jovens negros. Do fórum participam entidades culturais como Os Negões, Cortejo Afro, Muzenza, Ilê Aiyê e Malê de Balê.
Questionado sobre a possibilidade de adotar o 20 de novembro como feriado, Valmir França, coordenador do fórum, diz não concordar. “Sou contra. Acho que isso interferirá no trabalho de conscientização que tem sido realizado nas escolas e em outros espaços durante a data”.
O Coletivo de Entidades Negras (CEN) realizará diversas atividades neste final de semana, como a 5ª Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa, com saída às 9 horas do final de linha do Engenho Velho da Federação, onde fica o busto da mãe Ruinhó.
Na
ocasião, será lançada a campanha Quem é de axé diz que é, voltada para o Censo 2010. A ideia é incentivar o povo-de-santo a assumir a sua proposição religiosa.

Fonte: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1286251

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Defensoria lança cartilha para informar sobre discriminação, racismo e preconceito

Em comemoração ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo começou a distribuir uma cartilha para informar a população sobre seus direitos e providências a serem tomadas em casos de discriminação, racismo ou preconceito.
Elaborada pelo Núcleo de Especializado de Combate a Discriminação, Racismo e Preconceito da Defensoria, a cartilha explica o que é o direito à igualdade, previsto pela Constituição Federal, bem como o direito à diferença, que é a possibilidade de todos viverem segundo sua própria cultura e suas características pessoais, sem discriminação.
De forma didática, a cartilha também informa quais os dispositivos legais que podem ser aplicados nos casos em que ocorre a discriminação racial. Ensina, ainda, todos os passos a serem percorridos por uma vítima de preconceito ou racismo: colher a maior quantidade possível de informações e detalhes sobre o fato (por exemplo nome, telefone e endereço do ofensor e de pessoas que testemunharam a ocorrido), comparecer a uma delegacia para registrar o boletim de ocorrência, e procurar um advogado ou, se não tiver condições de arcar com os custos, a Defensoria Pública para propositura das medidas jurídicas.
Por fim, a cartilha traz, ainda, diversas instituições onde as vítimas podem buscar informações e atendimento no Estado de São Paulo.
Até esta sexta-feira, a cartilha estará disponível em todas as unidades da Defensoria Pública, na Capital e no Interior. A cartilha também pode ser acessada na internet, no Portal da Defensoria. (
clique aqui)


Coordenadoria de Comunicação Social e Assessoria de Imprensa

imprensa@dpesp.sp.gov.br

Fonte: www.irohin.com.br

domingo, 15 de novembro de 2009

Atenção Rondônia: V Marcha Zumbi


sábado, 14 de novembro de 2009

I Conferência Nacional de Saúde Ambiental


Com a chamada "Saúde e Ambiente, vamos cuidar da gente" vem acontecendo em todo o país as etapas da I Conferência Nacional de Saúde Ambiental que tem como objetivo discutir os impactos da ação humana sobre a saúde e os ecossistemas do planeta e buscar soluções que requer políticas públicas interdisciplinares e integradas.

Essa chamada é bastante sugestiva quando pensamos na população negra do nosso país que ainda continua em um meio ambiente desfavorável e hostil, marcado pelas desigualdades raciais. Familias negras ainda continuam sem saneamento básico e contam com transportes de péssima qualidade. E quando o assunto é segurança pública, a população negra conhece bem as consequências da insegurança.

Quem é que vai cuidar dos negros e negras desse país? E olhe que hoje somos a maioria pois segundo o IPEA ultrapassamos a marca de 50% da população brasileira.

É fundamental a nossa participação nessa Conferência pois caso contrário vai demorar séculos para sermos cuidados e mais do que isso ter os nossos direitos garantidos. A etapa nacional da Conferência vai acontecer de 09 a 12 de dezembro de 2009, em Brasília.

Mais informações no (61) 3213-8434 ou no cnsa@saude.gov.br

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

domingo, 1 de novembro de 2009