quinta-feira, 9 de julho de 2009

Desrespeito ao Ilê Asipá


No último sábado a frente do terreiro Ilê Asipá, comandado por Mestre Didi, e localizado na Avenida Paralela em Salvador, ficou repleta de lixo.

De acordo com o alagbá, Geraldo Novaes, a empresa Realeza, que está envolvida com obras interditadas pela Justiça na área, foi a responsável pela sujeira.

“É uma profanação”, disse o alagbá. O aborrecimento causou um mal estar em Mestre Didi, que está com 92 anos.

O Ilê Asipá é voltado para o culto dos eguguns ou eguns, uma das vertentes das religiões de matrizes africanas mais fechadas em relação às informações sobre seus ritos.

Sei muito pouco sobre isso e confesso que nunca tive a oportunidade de conhecer o famoso Ilê Agbóulá em Amoreiras, na Ilha de Itaparica.

Uma das diferenças marcantes deste culto é o predomínio dos homens nas funções sacerdotais, diferente das outras tradições onde as mulheres ainda são maioria.

Artista plástico renomado, Mestre Didi também merece reverência no mundo das tradições afrorreligiosas. Tem prestado uma valiosa contribuição para o resgate das tradições dos povos iorubás tanto por meio da sua arte, como por meio dos seus escritos.

É filho biológico da famosa yalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, Mãe Senhora, e Alapani, que é o mais alto sacerdote do culto aos ancestrais-egun. Mestre Didi tem também o títlo de Assògbá, o sumo sacerdote do cultos aos orixás ligados ao elemento terra. Para saber mais sobre Mestre Didi clique aqui.


Fonte: Mundo Afro