sexta-feira, 19 de junho de 2009

Membro de igreja foi autuado por desacato ao ofender policial militar


No dia em que deveria ter se apresentado ao 1º Juizado Especial Criminal (Jecrim) para responder pelo crime de ultraje a culto religioso — por ter invadido e depredado um centro de umbanda no Catete, em junho do ano passado — Afonso Henrique Alves Lobato, de 25 anos, foi preso por desacato e resistência. Seguidor da Igreja Geração Jesus Cristo, o rapaz chegou ao Jecrim no último dia 5 de março trajando camiseta. Ao ser alertado por um PM de que não poderia ingressar no juizado vestido daquela forma, Afonso teria continuado a entrar no local. Ele foi preso, algemado e levado para a 10ª DP (Botafogo).

A confusão consta do registro 1529 da delegacia. Mas o tumulto não adiantou nada: Afonso e as outras três pessoas que invadiram o templo foram condenados apenas a pagar cestas básicas.

As declarações de Afonso contra pais de santo, policiais e a imprensa feitas num vídeo postado na internet podem lhe custar caro. Henrique Sátiro, conhecido como pai Henrique de Oxossi, pretende processar o evangélico por ele ter dito que "todo pai de santo é homossexual":

— Não vou ficar deixando esse fanáticos falarem o que bem entendem da minha religião sem fazer nada. Ele afrontou toda a comunidade religiosa e suas instituições.

Processos à vista

Pelo menos outros cinco religiosos já procuraram a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e querem saber como proceder para processar Afonso.

A delegada Helen Sardenberg, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), deve abrir hoje inquérito contra Afonso Henrique para apurar se no vídeo houve a prática dos crimes de intolerância religiosa, injúria qualificada e incitação ao crime. A investigação será aberta por determinação do delegado Henrique Pessoa, do Departamento de Polícia da Capital (DPC).

Fonte: CEN Brasil