sexta-feira, 31 de julho de 2009

OAB representa esta manhã no MP fiéis por intolerância religiosa

O presidente da Comissão de Defesa das Minorias da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional Alagoas, Alberto Jorge, vai apresentar, na manhã de hoje, às 9h, representação criminal junto ao Ministério Público Estadual (MPE), para solicitar instauração de inquérito civil público para investigar supostos atos de intolerância religiosa praticados por um pastor evangélico, que não teve o nome identificado, e o seu fiel José Torres Ferreira de Oliveira Filho.

Os dois religiosos teriam invadido e depredado um templo umbandista, que fica em Massagueira, no município de Marechal Deodoro.

A denúncia foi formulada, junto ao presidente da Comissão de Defesa das Minorias da OAB/AL, Alberto Jorge, pela proprietária do terreiro de candomblé, Maria José Alves Vital.

Segundo a denúncia feita por Maria José, no início de maio, José Ferreira acompanhado do pastor invadiu o espaço religioso e depredou todas as imagens dos orixás que estavam no local.

Ainda de acordo com a denúncia, José Ferreira só não ateou fogo no local porque houve a intervenção de outras pessoas que o impediram de continuar a destruição.

“José Ferreira, estava acompanhado de um pastor da Igreja Internacional da Esperança, de posse de uma pá e um pé de cabra e invadiram, destruindo o templo religioso”, disse Maria José.

Alberto Jorge disse que o pastor e José Ferreira praticaram o crime contra a liberdade de culto religioso.

O presidente da Comissão de Defesa das Minorias afirmou que irá hoje protocolar a ação no MPE contra os dois religiosos e promete fazer uma manifestação juntamente com representantes do movimento negro do Estado e integrantes da religiosidade de matriz africana.

Fonte: Ìrohìn

terça-feira, 28 de julho de 2009

domingo, 26 de julho de 2009

Revitalização dos templos de religiões de matriz africana

Foi dado início a uma nova fase para os religiosos de matriz africana na Bahia, a assinatura do Convênio na última quarta-feira (22), no terreiro Jitolu, situado no Curuzu - Liberdade, além de transformar uma simples tarde em uma tarde histórica para a comunidade negra, deu início a um novo patamar de relação do povo-de-santo com o poder público.
O secretário municipal da Reparação, Ailton Ferreira esteve presente na cerimônia de assinatura do Convênio “Reforma, Ampliação e Reparos Gerais” que vai beneficiar inicialmente 53 Territórios Culturais de Matriz Africana. Para ele, os terreiros devem ser reconhecidos e respeitados por tratar-se de um local de benção. Ferreira revela a sua felicidade em estar presente num momento tão importante e de conquista para a Comunidade Negra em geral e exalta: “Mais uma etapa foi vencida”. A secretária da Sepromi, Luiza Bairros e o vereador Gilmar Santiago que estavam também presentes no evento fizeram questão de ressaltar a importância da participação da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), na elaboração do Projeto de Regularização Fundiária dos Terreiros de Candomblé. O mapeamento detalhado dos terreiros era uma ação necessária para que a partir deste resultado fossem elaboradas e executadas as políticas de preservação e revitalização desta cultura e religião.Atualmente existem 1.368 terreiros na Bahia. O convênio consolidado vai atender apenas 53 deles. A partir daí cria-se a expectativa que todos os templos sejam atendidos no decorrer deste processo. Cria-se também muita esperança sobre a continuidade do projeto e fica a espera deste povo que provou ter resistência e muita fé. Esta força e a fé que nunca seca dentro do candomblé pode ser sintetizada em uma frase de Pierre Verger: “O candomblé sobrevive até hoje porque não quer convencer as pessoas sobre uma verdade absoluta, ao contrário da maioria das religiões”. Isto significa que religiosos do candomblé pedem apenas o reconhecimento e o respeito desta religião, que cultiva a cultura africana sem agredir nenhuma outra religião.Este convênio vai atender em sua primeira etapa 12 terreiros, já que a liberação de recurso foi dividida em seis parcelas, sendo a primeira no valor de R$ 279.837,07. Após a conclusão das obras e finalizada a prestação de contas da primeira etapa, a segunda parcela será liberada para dar continuidade ao processo de reforma, ampliação ou reparos. Tudo isso com um único objetivo: preservar as características culturais das religiões de matriz africana. Para o presidente da ACBANTU – Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu, Taata Raimundo, “... é uma conquista da ancestralidade que há tanto tempo vem derramando suor e sangue para ter o reconhecimento da nossa religião, cultura e filosofia”.O secretário de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence no momento em que assinou o documento, ressaltou com satisfação: “esta foi a assinatura mais importante que já fiz”. Isso mostra que foi efetivado o compromisso do poder público com a religião de matriz africana e que convoca uma abertura importante para que sejam efetivadas outras ações pendentes de reparação para o povo negro na Bahia.


Confira os 53 terreiros que serão contemplados nesta primeira etapa do Convênio:

1.ILÊ AXÉ IYÁ NASSÔ OKÁ (CASA BRANCA DO ENGENHO VELHO) – Federação
2.UNZÓ TUMBA JUNÇARA – Federação
3.ILÊ OBÁ DO COBRE – Federação
4.ILÊ AXÉ OBÁ TADÊ PATITI OBÁ - Engenho Velho da Federação
5.ILÊ AXÉ OYÓ BOMIN – Federação
6.ILÊ AXÉ OXUMARÉ – Federação
7.ILÊ AXÉ ODÉ MIRIN - Engenho Velho da Federação
8.ILÊ AXÉ YAOMINIDÊ – Federação
9.ILÊ IYÁ OMI AXÉ YAMASSÊ (GANTOIS) – Federação
10.UNZÓ TUMBACÉ - Pero Vaz
11.ILÊ OMI IBIRI AXÉ AIRÁ (VINTÉM DE PRATA) – Cajazeiras
12.CASA DOS OLHOS QUE FALA DA NAÇÃO ANGOLAN PAQUETAN - MUTÁ LOMBO YE KAIONGO - Cajazeiras XI
13.ILÊ AXÉ OMINIJÁ – Cajazeiras
14.ILÊ AXÉ OYÁ TUNJÁ – Brotas
15.ILÊ MARÓIA LÁJI (ALAKETU) - Matatu de Brotas
16.ILÊ AXÉ IJI ATI OYÁ - Engenho Velho de Brotas
17.ILÊ AXÉ MAROKETU - Cosme de Farias
18.ILÊ AXÉ FÉ KONFÉ OLORUM (CASA MARIA DE XANGÔ) – Matatu de Brotas
19.ILÊ AXÉ D’OYÁ - Cajazeiras X
20.TERREIRO BABACAN ALAFIN (TERREIRO DE OXALÁ) – Plataforma
21.CABOCLO CATIMBOIÁ – Plataforma
22.MANSO BANDUQUENQUIM N’SABA (BATEFOLINHA) - Campinas de Pirajá
23.ILÊ AXÉ OLORUM OYÁ – Pirajá
24.ILÊ AXÉ ODÉ TOLÁ – Paripe
25.ILÊ AXÉ OLUFAN ANANCIDÊ OMIN – Arenoso
26.ILÊ AXÉ ABASSÁ DE OGUM - Nova Brasília de Itapuã
27.GUEREBETÃ GUME SOGBOADÃ - Nova Brasília de Itapuã
28.ILÊ AXÉ TOGUM - São Cristóvão
29.ILÊ AXÉ OYASSIBADÊ - Chapada do Rio Vermelho
30.ILÊ AXÉ OBÁNIRÊ - Rio Vermelho
31.NZÓ KWA MPAANZU - Pau da Lima
32.ILÊ AXÉ NINFA OMIM - Sussuarana Velha
33.TERREIRO MOKAMBO-ONZÓ NGUZO ZA NKISI DANDALUNDA YE TEMPO-Trobogy
34.ILÊ AXÉ JITOLU – Liberdade
35.ILÊ AXÉ OPÔ AFONJÁ - São Gonçalo do Retiro
36.ILÊ AXÉ OMO EWÁ - Praia Grande
37.SENZALA RELIGIOSA MUKUNDEWÁ - São João do Cabrito
38.UNZÓ INDEBWA KAAMUZAMBI - Baixa do Cacau - São Caetano
39.ILÊ AXÉ OBÁ INÃ - São Caetano
40.ILÊ AXÉ LADÊ PADEMIN - Bairro da Paz
41.TERREIRO DE OGUNJÁ - Luiz Anselmo
42.OGUM KARIRI COM IANSÃ - Botelho - Ilha de Maré
43.OXOSSI MUTALAMBÔ - Praia Grande - Ilha de Maré
44.ILÊ AXÉ OMIM J'OBA - Estrada Velha do Aeroporto
45.MANSO DANDALUNGUA COCUAZENZA – Cajazeiras
46.ILÊ AXÉ OMIN FUNGÊ LOIASI - Cajazeiras XI
47.ILÊ AXÉ OMI KARÉ LEWI – Cajazeiras
48.ILÊ AXÉ KALÈ BOKUN – Plataforma
49.ILÊ AXÉ OYÁ – Pirajá
50.ILÊ AXÉ OYÁ DEJI – Paripe
51.ILÊ OLORUM AXÉ GIOCAN - Boa Vista do Lobato – Lobato
52.ILÊ AXÉ OYÁ LECI – Paripe
53.ONZÓ DE ANGORÔ - Plataforma


Fonte: SEMUR

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ações Afirmativas: Cotas por Tobossis







Fonte: Tobossis

Umbanda vira patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro


O governador Sérgio Cabral sancionou, nesta quarta-feira, a Lei 5.514/09, de autoria do deputado Gilberto Palmares (PT), que declara a Umbanda como patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro.

- A partir do momento em que os cultos viram patrimônio, eles passam a ser mais divulgados, diminuindo a intolerância e a violência. Cabe ressaltar ainda que a umbanda é uma religião genuinamente brasileira - comentou Palmares, em nota.

O deputado também é autor da Lei 5.506/09, que declara o candomblé como patrimônio imaterial do Estado.

Fonte: O Globo

sábado, 18 de julho de 2009

Vestidos de Branco, reverenciando Azoany, caminharemos juntos outra vez!

clique na imagem para ampliar


O que? 11ª Caminhada Azoany

Quando? 16 de Agosto

Onde? Pelourinho (saída)

Realização? Associação Comunitária Alzira do Conforto



Maiores informações sobre a caminhada podem ser encontradas:

Site: www.caminhadaazoany.blogspot.com

E-mail: alziradoconforto@hotmail.com / alziradoconforto@ig.com.br / caminhadaazoany@gmail.com

Telefones: 71 3321- 8027 / 71 8802-3837

Participe!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Registro de celebração de muito Axé: 50 anos de Odun de Egbomy Ana Laura


Nota: Álbum ainda em atualização!

Aberto edital para projetos de prevenção de violência entre a juventude negra

As prefeituras e governos estaduais têm de hoje, 17 de julho, até 15 de agosto para buscar apoio do Governo Federal no desenvolvimento de projetos voltados a jovens negros em situação de vulnerabilidade social e segregação familiar. É o Projeto Farol – Oportunidade em Ação, promovido pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR/PR) em parceria com o Ministério da Justiça, no âmbito do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), que destinará recursos de aproximadamente R$ 3,3 milhões até o final deste ano.

O objetivo é articular ações sociais para a prevenção da violência entre a juventude negra, especialmente nas 84 cidades que integram as regiões metropolitanas de 13 estados considerados críticos, com base no “Diagnóstico da incidência de homicídios nas regiões metropolitanas”, produzido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça. A abertura do prazo está publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (17).

Por meio do edital de chamada pública terão apoio as iniciativas para ampliação do acesso a oportunidades econômicas, sociais, políticas e culturais de jovens com idade entre 15 e 24 anos, que estejam em situação infracional ou em conflito com a lei, com baixa escolaridade, expostos à violência doméstica e urbana. Os dados mais recentes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostram que, em 2006, dos jovens com idade entre 15 e 19 anos vítimas de armas de fogo, 6.436 eram brancos, enquanto 14.103 eram negros.

Informações sobre o assunto podem ser encontradas no Pronasci (www.mj.gov.br/pronasci) ou SEPPIR.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Aniversariantes do mês de Julho


02/07 - Taiana (Obá)

03/07 - Nunha (Yansã)

07/07 - Kabila (Oxossi)

18/07 - Tais (Ogum)

29/07 - Leonardo (Xangô)


Um ano de muito Axé para vocês!

Babá PC.

sábado, 11 de julho de 2009

Cotista ganha prêmio de melhor aluno universitário


"Fomento a alunos compromissados fazem não só a diferença entre permanecer e sair da Universidade, como entre se destacar ou ser mais um dentro da instituição".

Por Marcus Bennett

Numa época em que a discussão entre o mérito e a oportunidade de ingresso de alunos negros no ensino superior por meio de cotas tem tomado as pautas da mídia brasileira, um estudante negro, cotista, prova que o mérito de sua formação profissional não está ligado apenas ao modo de ingresso na instituição, mas que seu futuro também depende do esforço que se empreende durante todos os anos de faculdade. Assim pensou Gilberto da Silva Guizelin, vencedor do Prêmio de melhor aluno da Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2008.

Superintendente Regional da Caixa, Roberto Bachmann, e Reitor da UEL, Wilmar Marçal, entregam prêmio de 10 mil reais

Com uma nota média de 9,520 pontos, o agora historiador recebeu R$ 10 mil pelo feito, no final de abril deste ano. Segundo a pró-reitora de graduação da UEL, professora Maria Aparecida Vivian de Carvalho, "nós não tivemos nenhum aluno que se aproximou dessa média", o que valoriza ainda mais a conquista.

O prêmio é inédito na instituição e surgiu de uma parceria entre a Reitoria e a Caixa Econômica Federal para premiar aquele que teve um melhor desempenho entre os demais alunos no decorrer de toda a graduação.

A professora Maria Aparecida conta que para ser justo, o processo de seleção foi muito estudado, visando os projetos pedagógicos dos cursos e seus respectivos sistemas de avaliação. Para tanto, o critério é o estudante ter ingressado por concurso vestibular, não ter tido qualquer anotação ou registro em sua pasta acadêmica e também alcançado uma nota mínima em cada disciplina, igual ou superior a sete. Isso significa não ter tido nenhuma reprovação.

Feliz da vida, Gilberto nem pensa em parar. Quer, desde já, dar prosseguimento a seus estudos. "Este dinheiro vai me auxiliar no decorrer da minha pós-graduação que acabo de iniciar aqui mesmo na UEL, dentro do Programa de Mestrado em História Social. Mas, talvez, mais importante do que o valor financeiro do prêmio, seja o reconhecimento dele advindo, o que tem me ajudado a abrir inúmeras portas no caminho de minha formação," observou.

Natural de Paraguaçu Paulista, interior de São Paulo, Gilberto Guizelin atribui parte de seu sucesso ao Programa Afroatitude, voltado para o fomento de bolsas de estudo para estudantes negros e oriundos de escola pública. Para ele, o Programa Afroatitude foi fundamental para o desenvolvimento de uma consciência mais cidadã e pelo amadurecimento nas questões acadêmicas, como estudos, pesquisas e artigos.

Veja seu depoimento:
"Penso que uma das principais razões de eu ter ganhado este prêmio foi, sem dúvida, a conjuntura favorável de minha formação ao longo dos últimos quatro anos. Quando ingressei na universidade, em 2005, no curso de História, logicamente que uma das minhas preocupações era com relação à minha capacidade de acompanhar as matérias, pois vindo de uma família de recursos financeiros escassos, desde a época do colégio pensava em me sustentar na Universidade por algum sistema de bolsa de estudo, assim a manutenção de uma boa média era uma preocupação constante desde o Ensino Fundamental e Médio. Assim que cheguei na UEL, conheci o Afroatitude e fiquei vinculado ao programa por dois anos e meio, entre 2005 e 2007. Minha experiência foi muito boa, pois, além de me inserir nas discussões recentes em relação às cotas para estudantes negros, o programa possibilitou-me sair na dianteira de meus colegas de curso, uma vez que desde o início de minha graduação passei a ter contato com um projeto de iniciação científica, capacitando-me a produzir diversos trabalhos científicos, o que, por sua vez refletiu na construção de um currículo Lates acima das expectativas de um aluno de graduação, e, ainda, me abriu um mundo novo ao me levar para congressos científicos em diversas partes do Paraná e do Brasil".

"Uma outra exigência do Programa, além de contemplar estudantes negros, era desenvolver pesquisas que abordassem o negro. O que para todos os alunos contemplados com o programa foi uma dificuldade tendo em vista a escassez de projetos acadêmicos que tenham a preocupação com este público tão esquecido na história institucional, social e econômica do Brasil. Contudo, para minha sorte, dentro do Departamento de História, o professor José Miguel Arias Neto encontrava-se desenvolvendo uma pesquisa em torno da formação da Marinha de Guerra do Brasil, e uma das finalidades da pesquisa era estudar a presença negra neste processo de constituição. Gostei muito de ter feito parte dessa pesquisa, pois não só criei vínculos de amizade e estabeleci uma relação de profissionalismo, como ainda publiquei meus primeiros artigos acadêmicos dentro da Revista Afroatitudeanas".

"O curso de História teve uma grande participação no Programa Afroatitude da UEL, pois quatro de seus estudantes faziam parte dele: Fernanda Charis, Júlia Amabile, Laércio e eu. Como fazíamos parte do mesmo curso e da mesma turma, nosso contato era diário, o que me permitiu tomar ciência do estado de suas pesquisas e de suas trajetórias no decorrer do curso. Aliás, tenho orgulho em dizer que, próximo ao encerramento do programa, em uma pesquisa interna da UEL, realizada para medir o desempenho dos alunos cotistas e membros do Programa, nós, os alunos de História, ficamos entre os primeiros. O que mais uma vez reforça que possibilidades de fomento a alunos compromissados fazem não só a diferença entre permanecer e sair da Universidade, como entre se destacar ou ser mais um dentro da instituição".

Projetos futuros
O objetivo profissional de Gilberto Guizelin é se tornar um professor universitário. Para tanto, busca, desde já, desenvolver uma boa dissertação de mestrado sobre um tema pouco conhecido e difundido que é a política externa imperial do Brasil e suas preocupações com relação à África. Ao mesmo tempo, já se adianta à construção de um projeto de doutoramento. "Uma viagem para Angola, tipo um intercâmbio com os pesquisadores de além-mar, assim como uma viagem para estudo nos centros de documentação de Portugal e Grã-Bretanha seriam também bem vindas, mas, quanto a isso, resta estabelecer algum convênio de pesquisa", aspira.

Recém ingressado no Programa de mestrado em História Social da UEL, Guizelin desenvolve a pesquisa A Projeção Atlântico-Africana do Império Brasileiro (1822-1863): "Destino" ou "Fardo Atlântico" à Construção do Estado Nacional Brasileiro. O trabalho voltado à investigação da política externa do Império brasileiro com relação ao continente africano, mais especificamente com as colônias portuguesas. "Meu interesse por esta temática se deu pelo fato de as relações bilaterais entre a África e o Brasil, desenvolvidas a partir do comércio negreiro, desde meados do século XVI e consolidadas entre os séculos XVII e XVIII, formarem um caso sui generis na História: a constituição de um sólido, difuso e complexo circuito mercantil no Atlântico Sul, no qual as praças brasileiras ocuparam, por excelência, uma posição político, administrativa e comercial estratégica", revela.

Conheça mais sobre o Programa Afroatitude na UEL:
http://www2.uel.br/neaa/afroatitude/artigo-mec.html

Fonte: FCP

Religiosos de matriz africana terão órgão similar a CNBB

S. Paulo - Será no próximo mês de agosto, em Brasília, o Encontro com cerca de 120 lideranças – Yalorixás, Babalorixás e Ogãs de todo o país -, que marcará o lançamento oficial do Fórum Nacional das Religiões de Matriz Africana no Brasil – órgão que terá papel e funções similares ao que já exerce a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para os católicos.

A este Encontro deverão estar presentes as principais lideranças, Babalorixás e Yalorixás – em especial as Mães Silvia de Oxalá, de S. Paulo, Mãe Beata, Mãe Stela, da Bahia e Baba Dyba de Yemanjá, do Rio Grande do Sul - que, na plenária final da II Conferência da Igualdade Racial, realizada no mês passado em Brasília, travaram uma dura batalha para neutralizar resistências a criação do Fórum.

Embora já tenha sido informalmente criado, o Fórum não pôde ser oficializado na Conferência porque o ministro Edson Santos – com o apoio de correntes políticas como a CONEN - entendeu que não seria o caso de criá-lo numa Conferência convocada pelo Governo Brasileiro.

"Consideramos inadequada a criação de um Fórum dentro da Conferência. Eles (os religiosos de matriz africana) vão se organizar no tempo e no local mais adequado para eles. A Seppir não quer tutelar o Movimento reliigoso, nem católico, nem protestante. Eles devem caminhar com os próprios pés” disse o ministro.

Resistências

A principal resistência à formalização do Fórum tem partido de Minas Gerais, onde lideranças religiosas ligadas ao Centro Nacional de Resistência e Africanidade Afro-Brasileira (CENARAB), vinculadas a CONEN, se mostram reticentes à criação de um organismo nacional para ser interlocutor único das religiões de matriz africana com o Estado.

Os defensores do Fórum – em especial lideranças do Centro de Tradições Afro-Brasileiras (CETRAB)-, coordenado por Dolores Lima, no Rio, e outras entidades espalhadas pelo país, tem maior proximidade com o Coletivo de Entidades Negras (CEN) articulação política surgida na Bahia, impulsionada pelo Ogã, Marcos Rezende, e que transformou-se numa força nacional – como ficou demonstrado na Conferência de Brasília.

A Afropress apurou que a não formalização do Fórum na Conferência se deveu mais a razões políticas – por causa da alteração da correlação de forças que disputam a hegemonia do Movimento Negro na interlocução com o Estado e com o Governo – e menos as razões alegadas pelo ministro.

Conselho Superior

Enquanto o Fórum Nacional das Religiões de Matriz Africana aguarda o Encontro de agosto para ser oficialmente criado, lideranças religiosas começam a debater propostas para sua estruturação.

Afropress apurou que um dos pontos em discussão é a criação de um Conselho Superior que cuidará da doutrina, normas, regras e da posição das religiões em relação a temas controversos do debate público, como a questão do aborto, células tronco, entre outros. Esse Conselho deverá ter na sua composição, as lideranças mais respeitadas, de todos os ramos da religião.

Religiões diversas

Ao contrário do que se imagina, segundo explicou uma dessas lideranças, as religiões afro não se reduzem ao Candomblé e a Umbanda. Existem outras vertentes em vários Estados, sem contar com as características que a Umbanda e o Candomblé adquirem de acordo com a região em que a religião é professada.

Abaixo do Conselho Superior estará um outro órgão que reunirá todas as entidades nacionais. O Fórum será um novo interlocutor perante o Estado no momento em que as religiões de matriz africana passaram a ser alvo de manifestações de intolerância.

Força política

Nasce, por outro lado, como força política, capaz de representar milhões de pessoas negras ou não, que tem as religiões afro como sua fé.

Segundo pesquisa Datafolha realizada em 2006 e 2007, adeptos do candomblé e de outras religiões afrobrasileiras são menos de 1%, porém, esses dados não levam em conta o fato de que milhões de pessoas não assumem a religião em virtude de serem alvo de perseguições e preconceitos.

Católicos, de acordo com a pesquisa, são 64%; evangélicos pentecostais são 17% e os não pentecostais, 5%; Espiritas ou espitirualistas são 3% e, umbandistas, 1%. Outros 3% dizem pertencer a outras religiões, e 7% dizem não ter religião ou se declaram ateus.

Por iniciativa do Coletivo de Entidades Negras (CEN) e dos religiosos será lançada em setembro, em Salvador, a campanha “Quem é de Axé, diz que é”, que terá um Censo Nacional com o objetivo de identificar qual é o tamanho dos adeptos das religiões afro na população brasileira.




Fonte: Afropress

Ensaios do Afoxé Filhos do Korim-Efan

A Sociedade Cultural e Carnavalesca Afoxé Filhos do Korim-Efan iniciou no último dia (05), seus ensaios de preparação para o Carnaval 2010. Todos os domingos, às 16h, na Ladeira do Passo, 26 - Pelourinho.

Os Filhos do Korim-Efan vão homenagear a Euá: Este orixá é uma bela virgem que entregou o seu corpo jovem a Xangô, marido de Oya, despertando a ira da rainha dos raios. Ewá refugiou-se nas matas inalcançáveis, sob a protecção de Oxóssi, e tornou-se uma guerreira valente e caçadora habilidosa.

As virgens contam com a protecção de Ewá e, aliás, tudo que é inexplorado conta com a sua protecção: a mata virgem, as moças virgens, rios e lagos onde não se pode nadar ou navegar. A própria Ewá, acreditam alguns, só rodaria na cabeça de mulheres virgens (o que não se pode comprovar), pois ela mesma seria uma virgem, a virgem da mata virgem dos lábios de mel.

Ewá domina a vidência, atributo que o deus de todos os oráculos, Orunmilá lhe concedeu.

Participem, é uma chance de desfrutar de bons momentos com a comunidade do Axé.

Fonte: Semur

Orixás...





Fonte: You Tube

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Confraternização do Odun de 50 anos da Egbomi Ana Laura de Ogum

O Ilê Axé Oxumarê, o Núcleo Afro da Policia Militar do Estado da Bahia, o Núcleo de Gênero e Raça Oxumarê tem a honra de convidar V.Sª para participar do almoço de celebração e confraternização do Odun de 50 anos da Egbomi Ana Laura de Ogum, junto com o Comando Geral da Policia Militar à realizar-se no próximo dia 12/07, este evento tem em seu objetivo principal à preservação, equidade e sociabilidade das religiões de matriz africana, bem como fortalecer o poder feminino das Mulheres de Axé e sua ancestralidade, empoderando através de seus talentos. fazer com que reescrevam a história que não contam, mas que foram esses alicerces femininos os quais sustentaram e desenvolveram esta nação afrobrasileira.


Local : Ilê Axé Oxumarê - Avenida Vasco da Gama, 343 - Em frente a Perini
Acesso Federação: Rua Pedro Gama, 65 - Final de linha da Federação - Rua da Radio Transamérica
Horário: 13 hs
Contatos: 71 3237 2859, 9206 2587, 88114656, 8825 3142

Até lá!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Desrespeito ao Ilê Asipá


No último sábado a frente do terreiro Ilê Asipá, comandado por Mestre Didi, e localizado na Avenida Paralela em Salvador, ficou repleta de lixo.

De acordo com o alagbá, Geraldo Novaes, a empresa Realeza, que está envolvida com obras interditadas pela Justiça na área, foi a responsável pela sujeira.

“É uma profanação”, disse o alagbá. O aborrecimento causou um mal estar em Mestre Didi, que está com 92 anos.

O Ilê Asipá é voltado para o culto dos eguguns ou eguns, uma das vertentes das religiões de matrizes africanas mais fechadas em relação às informações sobre seus ritos.

Sei muito pouco sobre isso e confesso que nunca tive a oportunidade de conhecer o famoso Ilê Agbóulá em Amoreiras, na Ilha de Itaparica.

Uma das diferenças marcantes deste culto é o predomínio dos homens nas funções sacerdotais, diferente das outras tradições onde as mulheres ainda são maioria.

Artista plástico renomado, Mestre Didi também merece reverência no mundo das tradições afrorreligiosas. Tem prestado uma valiosa contribuição para o resgate das tradições dos povos iorubás tanto por meio da sua arte, como por meio dos seus escritos.

É filho biológico da famosa yalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, Mãe Senhora, e Alapani, que é o mais alto sacerdote do culto aos ancestrais-egun. Mestre Didi tem também o títlo de Assògbá, o sumo sacerdote do cultos aos orixás ligados ao elemento terra. Para saber mais sobre Mestre Didi clique aqui.


Fonte: Mundo Afro

terça-feira, 7 de julho de 2009

Fio de contas

Foto: Fonseca

Fio-de-contas são colares normalmente feitos de miçangas coloridas de acordo com o Orixá, Inkice, Vodun, cada fio-de-conta tem um significado, através do fio-de-conta é que se pode saber o grau de iniciação de uma pessoa do candomblé, e a que nação pertence.
Nunca é feito com fio-de-nylon, é sempre feito com cordonê para absorver o axé do amassí e do abô feito de folhas sagradas a que é submetido e outros axés.
Pode ser chamado de fio-de-conta desde um fio único de miçangas até um colar com vários fios presos por uma ou várias firmas.
A quantidade de fios pode variar de uma nação para outra na correspondência de cargos, pode ser feito de gomos intercalados com firmas.
Na hierarquia do candomblé toda pessoa que entra para a religião será um abian e ficará sendo até que se inicie.

Tipos de fio-de-contas
"Ian, Inhã ou Yian"
- ao abian só é permitido o uso de fio-de-contas simples de um fio só, um na cor branco leitoso que corresponde à Oxalá, Lembá, Lissa, de acordo com a nação e um na cor do Orixá da pessoa quando já tenha sido identificado, dessa forma pode-se saber que a pessoa é um abian e qual é seu Orixá.
"Delogum ou Delogun" - ao Iaô é permitido usar o delogun que é um fio-de-contas formado por vários fios de miçangas (a quantidade de fios pode variar de acordo com a nação) tendo como fecho uma "firma" que pode ser africana ou nacional, também pode ter o fecho de búzios dependendo da nação e do Orixá/Nkisi/Vodun do Iaô.
Um egbomi usa colares de um fio só, com contas de cristal ou miçangas na cor do Orixá intercaladas com corais ou firmas africanas.
A posição de uso do fio-de-contas, também tem suas características próprias, o abian e o Iaô e os egbomis de santa mulher sempre usarão na posição vertical pendurado no pescoço. Já os egbomis de santo aboró poderão usar na transversal sobre um ombro só cruzando o abdomem.


Materiais usados para fazer o fio-de-conta
miçangas
contas de cristal
búzio
coral
coral da terra
azeviche
âmbar
prata
bronze
ouro


Tipos de fio-de contas
brajá
Humgebê
Lagdibá

Fonte: Wikipedia