sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Estudantes reivindicam manutenção de professor em Salvaterra



Alunos da Escola Municipal Oscarina Santos em Salvaterra realizaram uma grande manifestação pelo centro a cidade na última sexta feira, 22. Eles protestavam contra as retaliações por que vem passando os integrantes do projeto de Educação Religiosa desenvolvido na escola, sob a coordenação dos professores Maria do Carmo Pereira Maciel(exonerada) e Rodrigo Oliveira dos Santos.
Segundo os estudantes, desde que o projeto foi iniciado os professores começaram a receber perseguições dentro da escola por parte da Direção, de alguns professores e pela própria Secretaria Municipal de Educação. Os fatos seriam motivados por divergências metodológicas e até mesmo religiosas, uma vez que os professores pregam a democracia e o respeito entre as religiões, como forma de expandir os principios do direito a liberdade religiosa, desta forma envolvem, inclusive manifestações religiosa africanas como o candomblé, o que segundo muitos dos alunos teria sido o centro de toda divergencia.
Durante o desfile de 7 de setembro do ano passado os alunos desfilaram apresentando os resultados do trabalho desenvolvido na disciplina, momento em que representante de várias religiões participaram harmoniosamente.
Ainda no começo do ano a professora Maria do Carmo foi retirada de suas funções pela Secretaria Municipal de Educação e, devido as situações provocadas pelas divergencias internas e as perseguições, o professor Rodrigo Oliveira estaria pensando em deixar a escola também, o que é o motivo maior da preocupação dos alunos, ainda mais depois que, por determinação do Prefeito do Município, a Secretaria Municipal de Educação impediu o lançamento, na escola Oscarina Santos, da última edição da revista Diálogo de Educação Religiosa, uma publicação nacional que traz nas suas páginas centrais uma matéria jornalistica completa sobre o trabalho desenvolvido em Salvaterra pelos professores e alunos, fazendo referência para o Brasil dos resultados alcançados no municipio com os alunos do ensino fundamental.
A proibição levou o professor e os alunos a mudarem a data do lançamento da publicação na cidade, mesmo depois de já terem sido espalhados os convites. Além de terem mudado o local, pois receberam o apoio da Câmara de Vereadores, que cedeu o Salão Nobre para o lançamento na próxima quinta feira, 28.Durante a manifestação que pedia a permanencia do professor na escola e o fim das perseguições, os alunos sairam das salas no horário da manhã e ocuparam as ruas em direção a Secretaria de Educação, e depois a Câmara de Vereadores para aproveitar a sessão ordinária prevista para iniciar naquele mesmo instante.
Conseguiram, então com que uma comissão fosse recebida pelos Veradores do Município, que ouviram atentamente as reivindicações dos alunos e as reclamações também, pois relataram, durante a conversa, que o Diretor da instituição estaria ameaçando os alunos que participavam da manifestação, dizendo que poderia suspende-los e até mesmo impedi-los de fazer as avaliações. O Diretor teria inclusive entrado em contato por telefone com os pais de alguns alunos para efetuar ameaças de suspenção pela manifestação que estava ocorrendo.
Durante o ato os alunos receberam a informação que, após terem saído da escola, os que ficaram foram obrigados a fazer um pré-teste valendo pontos para a segunda avaliação, o que prejudicará os que estavam participando da passeata. As denuncias foram devidamente anotadas pelos Vereadores que se pronunciaram solidários a luta dos estudantes e prometeram que na manhã desta segunda feira, 25, visitarão a escola para ouvirem o Diretor da instituição e cobrar dele o respeito aos estudantes, pois as atitudes tomadas por eles foram amplamente elogiadas pelos vereadores, durante a sessão da Câmara, como sendo um ato de bravura e de pleno exercicio de cidadania.
A passeata passou pelo centro comercial de Salvaterra que acompanhou toda manifestação. Por onde os alunos passavam eram incentivados e admirados muitos moradores declararam total apoio a iniciativa corajosa dos estudantes.
Originalmente publicado em Maio de 2009.

MATÉRIA DA REVISTA DIÁLOGO

Acompanhe aqui alguns trechos da matéria publicada na revista Diálogo, como resultado do belo trabalho educacional desenvolvido pelos professores da disciplina Educação Religiosa, na escola Oscarina Santos, porém censurado pela gestão municipal com mais um triste exemplo de autoritarismo e intolerância, daqueles que acreditam que escola, educação, cidade, povo, são propriedades privada de uma pessoa, de um grupo ou de uma família.

“O Ensino Religioso, obrigatório no currículo da escola, tem por objetivo promover o diálogo inter-religioso mediante o conhecimento do Fenômeno Religioso. Neste intuito, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Oscarina Santos, do município de Salvaterra, na ilha do Marajó, no dia 07 de setembro de 2008, reforçou o grito de independência e declarou: “Não à intolerância religiosa, o Brasil é laico!”. O conhecimento da diversidade religiosa que se instaurou em Salvaterra levou alunos, professores, comunidade e líderes religiosos a marcharem sob a égide do respeito, do diálogo e da tolerância entre as diferentes maneiras de conceber o Sagrado.”….

Em outro trecho da matéria foi publicado o seguinte: “A escola apresenta a diversidade, nasce na diversidade e continuará na diversidade. Durante muito tempo, porém, a educação na ótica européia omitiu a religião, os valores, a ética e a moral das diversas culturas do povo brasileiro. Nossa proposta visou aproximar os vários segmentos religiosos de Salvaterra. A reunião, o desfile e a apresentação serviram de metodologia para chegarmos ao diálogo pautado no respeito e na tolerância religiosa.”

Para quem desejar adquirir a revista e ter acesso a matéria completa basta entrar em contato com o professor Rodrigo Oliveira na Escola Oscarina Santos ou qualquer de seus alunos em Salvaterra.

Carta da Redatora da Redação da Revista Dialogo ao Professor Rodrigo

Professor Rodrigo

Querido amigo e irmão, professor Rodrigo,

Sei que você é evangélico e você deve saber que eu sou católica. É nestes momentos que o ecumenismo se faz real e significativo em nossas vidas, por isso, vou lhe falar com a linguagem da fé, como cristãos que somos e não apenas como professores de Ensino Religioso.

Educar para a superação dos preconceitos e das rivalidades entre as religiões é testemunhar o Reino de Deus que é vida e liberdade para todos. Vendo na Bíblia, a vida dos profetas chega-se à clara conclusão de que o testemunho do Reino de Deus atrai a perseguição de quem se sente incomodado.

Além disso, a prática cristã é ainda mais do que um profetismo, é arriscar a vida como Jesus, que incomodou o poder, justamente porque viveu e ensinou a justiça, a igualdade e o direito de todos ao respeito, à dignidade e à vida e sempre esteve do lado dos humilhados e desprezados da sociedade.

Jesus foi até a cruz e a morte, mas Deus não o abandonou e, ao ressuscitá-lo dos mortos, assinou embaixo de tudo o que ele disse e viveu. Por isso, não é preciso perder a confiança nem a certeza de que Deus faz crescer toda a semente que plantamos. A semente precisa morrer e até apodrecer antes de germinar não é? Essa é a nossa participação no Projeto de Deus e no mistério redentor de morte e vida do Senhor. Às vezes não somos só semeadores. Viramos também, sementes.

Pode ter certeza de que nenhum político ou força contrária arrancará dos corações dos alunos o que foi plantado e regado por vocês no Ensino Religioso. As pessoas passam. Este prefeito e outros passarão, mas a ação de Deus permanece. Os momentos difíceis de nossas vidas também são passageiros. Temos melhores sempre nos esperam no futuro.

Coragem e confiança em Deus. Estou com você, em comunhão de fé e de oração. Aqui na equipe das revistas Paulinas e também em minha comunidade religiosa, iremos orar por você, pela professora Maria do Carmo, pelos alunos e por todas as pessoas que os apóiam e se solidarizam neste momento. Vamos pedir a Deus que a força da comunhão, que nos une no mesmo ideal, sustente a esperança de vocês e os proteja a cada momento.

Nesta semana as Igrejas do mundo inteiro estão celebrando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. É um tempo transbordante de graça e de comunhão. Que este manto do Espírito Santo, tecido pelas preces de toda a humanidade, revista cada um de vocês de dignidade e certeza e vocês possam andar pelas ruas de Salvaterra com as cabeças erguidas.

O que Deus espera de nós educadores é que criemos no mundo espaços de diálogo, comunhão e paz e é isso que vocês estão fazendo.

Meu grande abraço, com carinho e admiração pela sua coragem.

Irmã Maria Inês Carniato, sua irmã na fé e na missão.
Originalmente publicado em Maio de 2009.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Lendas: Osóssi

... ele não morreu
Diz uma das lendas que certo dia Osóssi chegou a sua aldeia, quase arriando pelo peso da capanga, das cabaças vazias e pelo cansaço de rastrear a caça rara. Osún, sua mulher e mãe de seu filho, olhou para ele e pensou: ''só caçou desgraça". Pois a desgraça para Osóssi foi prevista por Ifá, que ele alertou Osún. Porém, quando ela contou a Osóssi sobre essa previsão, ele disse que a desgraça era a fome, a mulher sem leite e a criança sem carinho. E que desgraça maior era o medo do homem. Quando Osóssi se aproximou de Osún, ela notou que ele trazia algo na capanga, sentiu medo e alegria. Havia caça na capanga do marido e ela imaginou se seria um bicho de pelo ou de pena. Ansiosa, perguntou a ele, que respondeu: "Trago a carne que rasteja na terra e na água, na mata e no rio, o bicho que se enrosca em si mesmo''. Falando isto retirou da capanga os pedaços de uma grande Dan (cobra). O bicho revirava a cabeça e os olhos, agitava a língua partida e cantava triste: "Não sou bicho de pena para Osóssi matar". A grande Dan pertencia a Sàngó e Osóssi não poderia matá-la. Osún fugiu temendo a vingança de Sàngó, indo até Ifá que disse: "A justiça será feita, assim o corpo de Osóssi irá desaparecer, desaparecerá da memória de Ossunmaré e a quizila desaparecerá da vingança de Sàngó".

Fazia também parte da punição que ele saísse da memória do povo de Ketu. Assim, Osóssi ficou sete anos esquecido. No dia de Orunkó (o nome de santo de cada um), ao ser dado as diginas aos Orixás, o povo de Ketu começou a chorar por não se lembrar do nome de seu rei. Abaixaram os olhos e tentaram compreender por que nunca se lembravam dele. Então, Ifá ensinou-lhes um orô (reza que se faz para o sacrifício de animais):

Omo - Odé - Lailai
Omo - Odé - Kosajô
Abaderoco Koisô
Omo - Odé - Kosajô

Após o orô, o povo começou a se lembrar dele. Ifá disse que esse era o orô de Osóssi, o Orixá caçador, corajoso Rei de Ketu e rei da caça, que nada temia e preservava a vida de seus filhos e dos filhos dos filhos de seus filhos.


OSÓSSI não morreu, ele encantou-se para sempre, pois tem medo de frio, por isso não gosta de EKU, a morte.

... caçador de uma flechada

A cada ano, apos a colheita, o rei de Ijexá saudava a abundância de alimentos com uma festa, oferecendo a população inhame, milho e côco. O rei comemorava com sua família e seus súditos; só as feiticeiras não eram convidadas.
Furiosas com a desconsideração, enviaram a festa um pássaro gigante que pousou no teto do palácio, encobrindo-o e impedindo que a cerimônia fosse realizada.


O rei mandou chamar os melhores caçadores da cidade. O primeiro conhecido como òsótògún tinha vinte flechas. Ele lançou todas elas, mas nenhuma acertou o grande pássaro. Então o rei aborreceu-se, e mandou-o embora.
Um segundo caçador conhecido como òsótogí se apresentou, este com quarenta flechas; o fato repetiu-se e o rei mandou prendê-lo. Osótododá, o caçador de 50 flechas, também não foi feliz.


Bem próximo dali vivia òsótokansósó, um jovem que costumava caçar à noite, antes do sol nascer. Ele usava apenas uma flecha vermelha. O rei mandou chamá-lo para dar fim ao pássaro. Sabendo da punição imposta aos outros caçadores, a mãe de òsótokansósó, temendo pela vida do filho, consultou um babalaô que aconselhou que se fosse feita uma oferenda para as feiticeiras, assim ele teria sucesso.

A oferenda consistia em sacrificar uma galinha e na hora da entrega dizer três vezes: que o peito do pássaro receba esta oferenda! Nesse exato momento, òsótokansósó deveria atirar sua única flecha. E assim o fez, acertando o pássaro bem no peito. O povo então gritava: oxó wussi, (oxó é popular) passando a ser conhecido por oxóssi. O rei, agradecido pelo feito, deu ao caçador metade de sua riqueza e a cidade de ketu, "terra dos panos vermelhos", onde osóssi governou até sua morte, tornando-se depois um Orixá.

... Yemonja desolada

Conta-se no Brasil que Osóssi era o irmão mais jovem de Ogun e Esu, todos três filhos de Yemonjá. Esu, por ser indisciplinado, foi por ela mandado embora. Ogun trabalhava no campo e Osóssi caçava nas florestas vizinhas. A casa encontrava-se, assim, abastecida de produtos agrícolas e caça.
No entanto, um Babalaô alertou Yemonjá para o risco de Ossanyin, aquele que possuía o conhecimento das virtudes das plantas e vivia nas profundezas da floresta, enfeitiçar Osossi e obrigá-lo a ficar em sua companhia. Yemonjá ordenou então ao filho que renunciasse às atividades de caçador.
Ele, porém, de personalidade independente, continuou suas incursões pela floresta. Tendo encontrado Ossanyin, que o convidou a beber uma poção de folhas maceradas, caiu em estado de amnésia. Ficou, pois, vivendo em companhia de Ossanyin, como previra o Babalaô.
Ogun, inquieto com a ausência do irmão, partiu à sua procura, encontrando-o nas profundezas da floresta. Ele o trouxe de volta, mas Yemonjá irritada, não quis receber o filho desobediente. Revoltado com a intransigência materna, Ogun recusou-se a continuar em casa. Quanto a Osóssi, este preferiu voltar para a floresta, para perto de Ossanyin.
Yemonjá desesperada por ter perdido os três filhos, transformou-se em um rio.

Fonte: http://www.lendas.orixas.nom.br/


Religiosidade em Debate

Audiência Publica sobre Regularização dos Terreiros de Candomblé

Durante o ano inteiro a publicidade baiana, empresas turísticas e o estado lucram com a cultura negra muitas vezes veiculando imagens da nossa subjetividade religiosa então, gostaria de convidar as pessoas para fazer uma experiência. Usar uma indumentária branca, um ojá ou torço, um fio de conta e circular pela cidade de Salvador observando a postura das pessoas nos espaços, avaliando a receptividade da imagem nestes lugares e depois refletir sobre a diversidade religiosa neste estado.
Segundo a Constituição Federal da república de 1988 no capitulo I dos direitos individuais e coletivos do art. 5º inciso VI diz que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias.
Ontem, (9) quarta-feira dia de xangô e de Oyá na cidade do Salvador no auditório do Edifício Bahia Center reuniram-se representantes do legislativo, conselho municipal da comunidade negra, SEFAZ, UNEGRO, SEMUR e assessoria jurídica juntamente com a comunidade tradicional de terreiros de candomblé e sociedade civil para realizar um debate sobre a regularização dos templos religiosos.
Esta audiência foi de iniciativa da comissão de esporte, cultura e lazer e da reparação representados pela vereadora Olívia Santana e o vereador Odiosvaldo Vigas tendo como finalidade discutir o projeto de lei que assegura a regularização fundiária dos templos religiosos.
Primeiro, é preciso esclarecer o que é regularização fundiária.É um programa do Governo do Estado que tem como objetivo eliminar a indefinição dominial, ou seja, estabelecer com precisão de quem é a posse da terra para depois legitimá-la ou regularizá-la, garantindo segurança social e jurídica para pequenos agricultores e moradores de áreas urbanas, e auxiliar os municípios no dimensionamento da arrecadação de impostos e elaboração de planos diretores.
Uma vez esclarecido o tema principal da audiência é necessário pensarmos sobre como realizar ações de intervenção para que de fato as políticas de ações afirmativas sejam efetivas para o povo de axé.
Pois a mais de um ano foi encaminhado pelo poder executivo para câmara de vereadores do município de Salvador um projeto de lei que beneficia as religiões de matriz africana da cidade, promovendo a regularização fundiária dos terreiros de candomblé. O projeto de emenda à Lei Orgânica do município prevê a alteração da redação do art. 14, o que viabiliza a regularização fundiária dos terreiros de candomblé, porém após ficar sem tramitação por um período na casa legislativa hoje é apresentado um projeto que amplia os direitos a regularização a outras religiões perdendo o seu caráter original que era atender especificamente as comunidades tradicionais de terreiro.
Esta atitude inconstitucional tem inquietado bastante o povo de santo então, questionemos!Será que os diferentes têm sido tratados com igualdade? Os outros templos religiosos têm sofrido ataque do estado como a SUCOM fez com o terreiro Oyá Onipó Neto, no Imbuí de mãe Rosa no ano passado? Algum pastor(a) de igreja neopentecostal teve a sua imagem veiculada na imprensa escrita de forma depreciativa e foi violentado(a) em seu templo resultando em falecimento como aconteceu com mãe Gilda de ogum?Quantos programas religiosos de matriz africana são veiculados por dia nas emissoras de TV inferiorizando e desrespeitando a pratica de outras religiões? Quantas religiões tiveram a sua pratica perseguida no passado tendo que camuflar a sua fé? Será que realmente o estado é laico?
Essas são apenas algumas provocações para que possamos pensar sobre como somos tratados nesta cidade quando o assunto diz respeito a políticas públicas que vão trazer benefícios para o nosso povo, afinal não estamos pedindo nada, apenas queremos que os nossos direitos constitucionais sejam cumpridos.
O debate sobre políticas públicas para o povo de santo não pode ser tratado apenas nos espaços dos movimentos sociais organizados porque a população de terreiro a cada quatro anos participa das eleições no âmbito legislativo e executivo elegendo: prefeito, vereadores, governador, deputados, senadores e presidente, ou seja, nós somos seres políticos.
Deste modo o Fórum Nacional da Religião de Matriz Africana criado na II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, uma conquista do povo de axé é um dos lugares que vamos nos manter firmes como os ferros de ogum para brigarmos por nossos direitos, pois se á diáspora nos espalhou pelo mundo os orixás e as forças ancestrais nos agruparam nos nossos quilombos religiosos para que a nossa tradição herdada de África nos mantenham vivos e resistentes.

Paula Fanon.
Juventude do CEN